Sigo imensos blogs de garotas do estrangeiro, e o que todas elas tÊm a mais do que nós são condições de vida, material, tudo o que faz falta para que crianças deficientes sejam bem tratadas e preservadas, de modo a não ficarem atrofiadas no seu próprio corpo, uma dor a menos. Penso que ali sim, a denominação crianças especiais faz todo o sentido, visto requererem cuidados especiais e terem direito a esses mesmos cuidados... sem lista de espera!! Realmente sou uma revoltada com o nosso país!
Não há muitas novidades para contar, as crises mantêm-se diárias, 1 ou 2 conforme, mas com a vantagem de serem ao final do dia, excepto hoje, o que permite a ida à escola, e algumas terapias ontem na APC.
Nota-se uma diferença tão grande no olhar, disposição para a vida até ao momento das crises, incrível como abala assim, tanta trovoada numa cabecinha só! É só raios, nunca mais chega o arco-íris...
Leio imenso sobre o autismo, formas de captar a atenção, estimulação e a alegria de quando um simples gesto é bem direcionado, um olhar dirigido, uma partilha! Hoje vi um pouco da técnica da educadora ip com a ranheta, estava a contar algo de um livro,_ uma construção de um porco espinho em autocolantes, enquanto a menina não olhava a educ. não avançava... dá-lhe o tempo que precisa e faz valer a idéia do objectivo_ olhar se queres continuar!valorizando sempre o momento em que o olho vai de encontro com o livro.
Também há boas notícias, relativamente ao xixi, praticamente não usa fralda e mesmo no infantário parece-me que educadora da intervenção precoce já é capaz de reconhecer o pedir da Margarida! Até custa a acreditar não é verdade, pois a ranheta ao olho nu não seria capacitada de tal acto... o não andar, o não falar ( pelo menos da maneira normal, pois claro) leva a que a maioria das pessoas não associe desfraldar a deficiência!
Mas é verdade, muitos conseguem, há que dar hipótese!!! Além do mais, todos fazem uma regadinha no chão de vez em quando!
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